A reportagem retrata um feito digno de orgulho, pois, relata a história de um aposentado que bateu o recorde de livros pegos em uma biblioteca pública de Porto Alegre. Esse feito é um marco importante, se analisado pela ótica da valorização que a literatura recebeu não só na reportagem, mas na vida da pessoa, o senhor Henrique Gentile Menezes. E também, é interessante que histórias com esta sejam contadas, pois muitas pessoas não têm o hábito da leitura, considerando-a cansativa, desinteressante ou até mesmo uma perda de tempo. No entanto, deve-se ter em mente que a literatura pode ser uma grande companheira, abrindo sua mente para o mundo e para si mesmo, transportando seu interlocutor para um mundo imaginário onde tudo é possível, e assim, dando asas à imaginação.
Além disso, achei muito interessante um fato especificamente, relatado no seguinte trecho: “O interesse pelos livros surgiu na adolescência, ao conviver com um grupo de jovens católicos do qual se diferenciava por não se considerar religioso. Além dos esportes, o grupo trocava leituras. Foi assim que alguém lhe emprestou Sonho de uma Noite de Verão, de William Shakespeare. “Depois disso, não parei mais de ler”, recorda.” Como pode ser visto, o senhor criou o hábito de ler na adolescência, que é uma fase de muitas provações e experimentações, e assim, ele encontrou ali um “hobby” que carregou consigo por toda a vida.
Isso também pode, e deveria ocorrer com outros jovens, porque a leitura tem valor de transformação, mas também pode significar “encontrar seu lugar no meio ao qual está inserido”, uma realidade vivida por muitas pessoas, que estão sempre procurando se encaixar em algum grupo, e as vezes não conseguem encontrar o que realmente gostam de fazer, falar, pensar; e partindo desse pressuposto, a literatura pode guiar-vos e ajudá-los nesse caminho.
Para finalizar, dessa reportagem também podem ser retiradas algumas reflexões bastante pertinentes: como é o incentivo à leitura nas escolas? E nos lares? Às vezes, o tipo de literatura que é imposta nos ambientes educacionais é um pouco arcaica e não visa atrair a atenção e o interesse do aluno, o que pode provocar um bloqueio por parte deste, de modo que crie uma resistência para realizá-la, parecendo algo difícil ou “chato”. E como pode ser visto no relato da reportagem, quando se incentiva a leitura de forma tranquila, sem precedentes, inspirando outros a fazerem o mesmo, podemos ter como resultado uma sociedade mais crítica e que valorize a cultura, “modelando” outros “Henriques” e levando nomes como Machado de Assis, Jorge Amado, Érico Veríssimo e tantos outros para as casas das pessoas.
Texto por Laryane Luiza, turma M2A
LINK PARA REPORTAGEM DE EMBASAMENTO PARA O COMENTÁRIO:
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