O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) atingiu e ainda atinge diversas camadas da sociedade. Com seu descobrimento em meados de 1981, a AIDS foi considerada por muitos como uma sentença de morte, principalmente quando se tratava dos impactos da comunidade LGBT+ (principalmente às camadas mais pobres e/ou desprivilegiadas), que foram muitos, trazendo ideologias discriminatórias onde se acreditava ser uma justiça divina. Os investimentos para a investigação da doença e avanços no tratamento eram mínimos, quase inexistentes, trazendo ainda menos esperança para os atingidos.
Portanto, ter resultados positivos, apesar da grande demora, segundo esse estudo da Unifesp é uma ótima notícia para vários âmbitos. Um resultado como esse tem potencial de alavancar avanços na luta contra a AIDS, resultando em mais casos onde são obtidos êxitos, principalmente por terem vindo do uso de medicamentos, o que é inédito. Avanços em outras áreas da ciência e tecnologia também podem ser alcançados a partir desse estudo. É também relevante destacar o papel assumido pelo Brasil na área da ciência, o que poderá espelhar em mais investimentos no país nessa área.
Uma notícia como essa é capaz de trazer grandes esperanças para as pessoas que possuem o vírus, no entanto, ao decorrer das investigações do vírus muitas atitudes irresponsáveis foram tomadas, deixando de ser dada a atenção e os investimentos suficientes para o combate da situação, o que refletiu numa longa e lenta jornada. Então, é de grande importância ser dada, nesse momento de grandes avanços científicos e tecnológicos, uma real atenção para o vírus, investindo e pensando nas pessoas que são atingidas, considerando questões sociais, culturais e econômicas.
texto por: Dara Salazar Caetano, turma M2A.
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